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O movimento será televisionado? Media e contestação social.

Sábado, 21 de Abril
10H | Sala 1 |
Duração: 1H 
Debate 

O movimento será televisionado? Media e contestação social.

As acções de rua contra a reunião da Organização Mundial do Comércio em Seatle (1999) e a cobertura mediática então realizada levaram alguns dos manifestantes a construir meios de comunicação próprios, auto-geridos. A designação então utilizada – «contra-informação» – esteve longe de fazer justiça a um movimento que se tornou transnacional e que, mais do que «ser contra» ou «anti», desenvolveu formas de comunicação e reflexão horizontal. O objectivo da intervenção reside na análise da origem deste movimento, dos seus principais traços, da sua relação com os media institucionais.



com:
Nuno Ramos de Almeida (Jornalista) e José Nuno Matos (Revista Imprópria)

Meios de comunicação/jornalismo alternativos; divulgação e apoio aos movimentos/lutas sociais

Sábado, 21 de Abril
11H15 | Sala 1 | Duração: 1H
 
Debate

Meios de comunicação/jornalismo alternativos; divulgação e apoio aos movimentos/lutas sociais

Criação de um meio de comunicação digital alternativo aos media existentes. Debate sobre novos métodos de trabalho jornalístico. Aproveitar a vaga de descontentamento, despedimentos e desemprego no meio jornalístico. 

Estudar formas de sustentabilidade económica do projecto. Sondar a vontade de outros activistas neste sentido.

As lutas e os movimentos locais e sectoriais ou são silenciados ou deturpados pela comunicação social (e pelo poder). 
A experiência demonstra que as boas iniciativas de divulgação resultam sempre num engrossar de fileiras. A comunicação social como escola e incentivo da reflexão individual.

Tipo de iniciativa:

Coligir contactos e vontades. Estabelecer uma agenda mínima de trabalho preparatório para um órgão de informação digital alternativo.

com:
Rui Viana Pereira, Teresa Costa Alves, Francisco Pedro, Tiago mendes


Mais informações:
Inquérito / Proposta para a sessão, via RVP:
"media e movimentos sociais" pdf



Decrescimento e Soberania Alimentar

Sábado, 21 de Abril
15H | Sala 1 |
Duração: 1H
Debate / Conversa


Decrescimento

O crescimento económico aparece intimamente associado a uma aceleração do consumo, isto é, a um aumento do PIB corresponde a um aumento da velocidade a que extraímos e consumimos recursos.

O elevado e crescente fluxo de recursos materiais e energéticos exigidos para manter o funcionamento de uma sociedade capitalista dependente do crescimento económico, tem vindo a deteriorar progressivamente a base material, biofísica da economia, projectando uma crise ecológica e económica que incide particularmente sobre as classes ou grupos sociais mais desprevilegiados (ver, por exemplo, Friedman, 2012, sobre as causas materiais e ecológicas da Primavera Árabe).

Apesar de algumas teorias quererem separar o crescimento económico do consumo de materiais e energia não há até agora nenhuma comprovação empírica dessa validade. A melhoria da eficiência na produção estimula o consumo, como afirmou Jevons ao explicar o efeito do refluxo.

Em resposta a estes problemas, alguns autores têm defendido o conceito de decrescimento sustentável. Para os defensores do decrescimento sustentável, o crescimento económico está inevitavelmente associado a um aumento do uso de materiais, energia e territórios que está a destruir recursos, mais pobreza, sociedades menos saudáveis, gerar dívidas financeiras e ecológicas e com várias estratégias de acção pretende reencontrar o caminho para a “joie de vivre” sem pôr em coma o planeta.

Soberania Alimentar

Globalizemos a luta, globalizemos a esperança!

O actual modelo de produção virado para a lógica do mercado global, levou à destruição da agricultura como modo de produção de energia. A agricultura no modelo agro-industrial passou a ser a capacidade de transformar petróleo em alimentos de baixa qualidade e diversidade. Baseando-se na apropriação do bem comum, dando resultado a resíduos tóxicos para a vida do planeta.

A comercialização de alimentos deixou de estar nas mãos de quem produz e de quem consome para estar na mão de quem comercializa e de quem nela investe. As grandes corporações definem subsídios, criam mercados, promovem políticas, desenvolvem comodidades.

O direito a produzir de forma saudável e culturalmente apropriada é algo intrínseco à agricultura. Colocar o centro das decisões do sistema alimentar no mercado local permitirá uma melhor gestão do bem comum: solos, água, biodiversidade, paisagem. Permitindo em termos sociais uma remuneração justa a todos intervenientes e o direito dos consumidores de controlar a sua alimentação e nutrição. Dentro desta análise surgiu o conceito de Soberania Alimentar.

Sementes Livres

A Campanha pelas Sementes Livres, reclama o livre acesso às sementes, o apoio à preservação da diversidade agrícola e a proibição das patentes sobre plantas. Visa ainda denunciar a revisão em curso da legislação europeia em matéria de produção e comercialização de sementes, que vai favorecer a crescente privatização das sementes agrícolas por uma dúzia de multinacionais, com graves consequências para horticultores e agricultores pequenos e para a segurança e autonomia alimentares, não só na Europa como em todo o mundo.

com:
Mara Sé (GAIA)
Nuno Belchior (Projecto 270)
Margarida Vicente (Campanha das Sementes Livres)

Privatização da água: estratégias de resistência

Sábado, 21 de Abril
16H15 | Sala 1 |
Duração: 1H 
Debate / Conversa

Privatização da água: estratégias de resistência

A água é um suporte básico da vida no planeta e um direito humano fundamental. Como bem público, pertence à comunidade e deve ser gerido em prol do bem comum. A financeirização e privatização do mundo natural é uma ameaça que urge combater. A concessão da distribuição de água a actores privados (como já acontece em vários Concelhos portugueses) é mais um passo para destroçar o contrato social firmado em 1974. Nada disto é irreversível. Nesta sessão, debateremos exemplos concretos de estratégias de resistência bem sucedidas e modelos alternativos à obsessão privatizadora.

com:
Luis Ribeiro, Luis Bernardo

Plano Nacional de Barragens e Resistência a "Projectos de destruição maciça"

Sábado, 21 de Abril
17H15 | Sala 1 |
Duração: 1H 
Debate / Conversa

Plano Nacional de Barragens e Resistência a "Projectos de destruição maciça" 
 
Neste painel pretente-se discutir e analisar o Plano Nacional de Barragens, ou seja, "o que é?" e o realmente significa a construção de mais 10 paredes entre margens de rios, para as nossas vidas. Recorrendo ao conceito do decrescimento, haverá uma apresentação de exemplos de resistência a grandes projectos económicos na Europa e em Portugal - em particular, o acampamento-protesto "Actua" que decorreu em Março na Foz do rio Tua com o objectivo de parar uma das barragens deste plano, a Barragem em Foz-Tua.



com:
Francisco Pedro (GAIA) - Decrescimento e exemplo de resistência a grandes projectos
Jerónimo Gama (GAIA) - Movimentos biopolíticos contra o Plano Nacional de Barragens
Mara Sé (GAIA) - Decrescimento e "ACTUA"
Nuno Belchior (Projecto 270)

Financiamento da democracia e sistemas de representação

Domingo, 22 de Abril
10H | Sala 1 |
Duração: 1H 
Debate


Financiamento da democracia e sistemas de representação

Pretende-se colocar em equação para debate as seguintes questões:
  • Existe  uma relação próxima entre o sistema partidário e a corrupção, quer pela utilização das instituições públicas para financiamentos partidários, quer pela utilização dos membros partidários para a manipulação das instituições públicas e dos seus atos.
  • A integração Estado/sistema partidário precisa de criar uma ideologia de consideração da perfeição do sistema político, materializada por formas de representação, construção de privilégios para os membros dos partidos, com a paralela infantilização e afastamento dos eleitores.
Alternativas são urgentemente necessárias

com:
António Pedro Dores (professor universitário de sociologia) e Vítor Lima (economista)

Assembleias Populares de Bairro - “Dinâmicas de aproximação à comunidade”

Domingo, 22 de Abril
11H15 | Sala 1 |
Duração: 1H 
Painel dinâmico que envolve exposição e participação activa

Assembleias Populares de Bairro - “Dinâmicas de aproximação à comunidade”

As assembleias populares de bairro podem representar uma nova forma de comunicar, expressar, agir e pensar que cria relações de proximidade e confiança entre pessoas que
partilham o mesmo espaço e que permite, igualmente, uma continuidade no tempo das acções.
Propomos mostrar de uma forma dinâmica, através de jogos e de conversa, de onde vem este
conceito e alguns dos métodos e ferramentas disponíveis para o tornar mais eficiente.

com:
Andreia Paixão e Inês Subtil

Educação Es.Col.A.

Domingo, 22 de Abril
16H15 | Sala 1 |
Duração: 1H

(em actualização)

Educação ES.COL.A.: Espaço Colectivo Autogestionado

«Perigo de Despejo

Entre os destroços duma cidade devorada pelo progresso, com o cheiro da Europa e dos seus magnatas, onde a sopa dos pobres anda ombro a ombro com as passerelles estreladas dos hotéis, tomámos aquilo que é nosso.

Numa cidade onde viver parece tornar-se significado de servir, há um morro tomado por piratas, em que todos os dias se constrói um mundo à medida dos desejos de quem lá está, numa dança que nunca sabe em que passo acaba.

Ao tomarmos os nossos espaços, os nossos bairros, às nossas cidades, agarrando as nossas vidas com unhas e dentes, libertamo-nos da subserviência e da tirania da história que nos querem dar como certa.

Na Fontinha queremos contar uma outra estória e corremos o risco de a terminarem quando ela está apenas a começar. No fim de Março o Es.Col.A corre o risco de despejo.

Convidamos, assim, todos os que queiram construir um espaço livre, comunitário e auto-gerido, a subir a colina da Fontinha, no dia 31 de Março.»